sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Contradição

Mantenho meus olhos baixos.
Sou uma grande observadora do chão.
Não, não observo o chão.
Só sou pensamentos distantes.
Estou de fato muito distante.
E estou só! Eu e meus pensamentos lúgubres. Sei que não devo tê-los. Sei que não devo almejá-los, mas ainda sim aspiro a escuridão. Isso está nas músicas que ouço, nos livros que leio, nas coisas que invento, e escrevo, e penso.
E penso muito nisso tudo.
Desenvolvo.
Com os olhos baixos.
No chão.

Inundo-me nestes lúgubres pensamentos em busca da salvação dos meus dias tão vazios. E ainda sim tão plenos.
O que quero, afinal? Não sei. Não sei, não sei, não sei, não sei de nada!
Estou perdida, afinal.
Não.
Não sei.

E sei que devo emergir, que devo superar, que devo me mascarar num sorriso de orelha a orelha.
Mascarar. Devo me mascarar.
Afinal não há nada puro. Nada sincero. Nada é verdadeiro!
E de tudo duvido, e questiono, e nego, e critico, e imagino, e provo.
Não sei. Não sei.

Estes pensamentos lúgubres são a ignorância que assombra a mente de todos.
Como achar a luz?
Não sei...


Filosofando.

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