Agora tenho que desenhar a
diferença essencial entre um verme e um homem. Quem diria que os ignorantes
fossem tão profundos na sua própria ignorância, não é mesmo? Fico surpresa com
o quão mortas estão estas pessoas. Segundo Darwin, com a seleção natural estes fracos de mente não terão vez nas
próximas gerações. Afinal estamos na era do conhecimento, da informação.
Analfabetos funcionais e doentes por uma idéia fixa morrerão nas próximas
décadas. Ou os inteligentes se beneficiarão com seus corpos inertes. Gente de
mente fraca não vai a lugar algum. Meu sarcasmo, assim como o de Nietzsche,
está tão óbvio, mas estes ignorantes (justamente para quem direcionamos a nossa
brutalidade) não enxergam. E nos custa muito explicar aos ignorantes aquilo que
eles não conseguem entender, ou nem querem entender. Talvez esse peso seja a
penúria do filósofo. Estudar, chegar a conclusões bombásticas e esfregar
verdades na cara de uma sociedade que não se importa com nada. Não ser ouvido.
Ser caçoado, sempre. É esta a penúria a que todos os gênios históricos passaram
durante a vida, para serem celebrados somente após a sua morte. E os ignorantes
permanecem os mesmos na sua ignorância. Que dor...
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